“A inveja é um jogo em que o importante não é o que se
ganha, mas o que o outro perde." (Zuenir Ventura)
Invariavelmente, nem todo medíocre é invejoso – mas todo
invejoso é medíocre.
E é por isso que se deve estar atento às adulações que vêm de
quem não se espera muito...
Se há um sentimento de terceiros a que um profissional
suficientemente bem preparado tecnicamente para desempenho de suas tarefas
estará sempre exposto é, sem dúvida, o da inveja.
E, para conviver com esse sentimento de terceiros, não basta
estar adequadamente preparado tecnicamente – e muitos profissionais acabam
sucumbindo por achar que isso bastaria.
Há que se desenvolver um perfil psicológico estruturado, em que
se estabeleça uma condição mínima de auto-afirmação constante – pois, se há um
custo que o mais competente, com pureza de coração, tem de pagar diariamente, é
o de conviver com críticas “gratuitas, a esmo, passionais e, fundamentalmente,
educadas”...
E estar ciente de ter de desenvolver habilidades adicionais para
identificação desses “tripulantes”.
A inveja é maquiavélica pois, para ela, não importa escapar num
bote salva-vidas de um navio que vai afundar – o importante é que o “capitão” afunde
junto...
Identifique esses tripulantes – a faça-os andar na prancha antes
da zarpar...
“(Para a inveja) Não é suficiente ser bem-sucedido; os
outros devem fracassar.” (Gore Vidal).