segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

RISCO DE APAGÃO EM 2013: DRAMA OU COMÉDIA?


Em extenso artigo publicado na edição deste último domingo do Estadão, o jornal discorre sobre o atual cenário que envolve o sistema energético brasileiro.

Segundo avaliação implícita no contexto da matéria, o sistema elétrico brasileiro é frágil – e essa fragilidade decorre, basicamente, das restrições impostas pelos responsáveis pela observância de questões ambientais no País à construção de hidrelétricas com reservatórios.

Desde 2001, ano em que deu a última grande crise de perspectiva quanto à efetiva capacidade do sistema energético de suprir as necessidades do País, diversas usinas e linhas de transmissão teriam sido construídas, mas sem que, como parte do sistema, reservatórios tivessem também sido construídos.

Em última análise, o responsável pela geração de energia numa usina são suas turbinas. Ou seja, grosso modo (em tese) bastaria construir uma usina num rio de grande vazão de água para que seu próprio fluxo garantisse essa geração.

Ocorre que, ao longo do ano, temos variações climáticas que influenciam esse fluxo, como decorrência das estações do ano (não só nós brasileiros, mas também os americanos, os europeus, os chineses, enfim... Todos os que habitam um certo planeta chamado “Terra”...).

No verão chove muito; no outono chove pouco; no inverno quase não chove; na primavera chove pouco.

Até onde se tem notícia, tem sido assim ao longo da história da humanidade.

Sem chuva, e outros fatores climáticos que influenciam no fluxo dos rios (os quais não possuem a mesma relevância) torna-se praticamente impossível assegurar que esse fluxo seja capaz de prover as turbinas da água necessária para geração de energia.

Essa questão não representa uma constatação da tecnologia moderna; já nos relatos bíblicos se preconizava a necessidade de não se iludir com a bonança das épocas de fartura, e de se preparar para as épocas de escassez (“sete anos de vacas gordas... sete anos de vacas magras...” E o Rio Nilo já tinha lá suas “crises” de... abstinência!).

Foi por isso que alguém (santa sabedoria!), já em priscas eras, imaginou, e projetou, uma alternativa que fosse capaz de viabilizar uma solução para o problema:

-           Eureca! Por que não armazenar a água durante o período em que ela é farta, para podermos utilizá-la quando ela for escassa?

-           Muito boa idéia! E como vamos chamar esses locais para armazenar essa reserva de água?

-           Ora... Que tal... Reservatórios?

-           Hummm... Interessante... Gostei!

...

São os reservatórios que armazenam a água necessária para assegurar o funcionamento das usinas.

Não adianta ter turbinas, se não há água para girá-las – muito menos linhas de transmissão (transmitir o quê? Telepatia...?)...

Construir uma usina hidrelétrica e não provê-la de um reservatório, para garantir seu funcionamento independentemente do clima, faz sentido?

Para mim não só não faz sentido como também revela a que ponto pode chegar a inusitada capacidade da natureza humana em produzir piadas:

-           Comprei um carro com o motor mais potente do mundo – só que ele não funciona.

-           Como assim, não funciona?

-           ELE NÃO TEM TANQUE DE COMBUSTÍVEL...

-           ...?!?!?

Seria CÔMICO, se não fosse TRÁGICO...

 

 

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