quarta-feira, 27 de março de 2013

FELICIANO E A HIPOCRISIA DA POLÍTICA BRASILEIRA


 


 

Não tenho procuração para defender ou atacar qualquer uma das partes envolvidas na celeuma originada com a escolha do deputado federal Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.

E mesmo que, numa improvável, remota e inacreditável circunstância, alguma das partes me oferecesse tal prerrogativa, minha resposta a tal oferta seria um simples e sonoro:

- NÃÃÃO.

Não se trata aqui de, em hipótese nenhuma, propor-se qualquer discussão do tipo: “qual é a melhor religião?”.

Só que para as pessoas de bem, bombardeados diariamente pela mídia profissional “interneteira”, acaba se tornando cada vez mais difícil interpretar e, principalmente, compreender o que ocorre.

Pessoas contrárias à nomeação de Feliciano estão reclamando que a manutenção do citado deputado na presidência da Comissão “expõe o poder político das religiões no Brasil”.

ÔPA!

PERALÁ!

Tentemos refletir friamente sobre a questão, despojando-nos de quaisquer paixões "clubísticas" (sim, "clubísticas", porque no Brasil de hoje, cada vez mais, tudo acaba virando, numa metáfora simplória, um "Parmeira e Curíntia"...):
 
  • Porque os princípios da “religião” do citado deputado não estariam de acordo com quem defende o aborto, consumo de drogas e homossexualismo, isso significaria que ele não estaria apto a ocupar o cargo?

E se por hipótese, e como proposta para um exercício de reflexão, quem é contra a prática do aborto, do consumo de drogas e da exposição panfletária do homossexualismo também resolvesse agir da mesma maneira, caso o indicado para o cargo fosse, por exemplo, uma bissexual viciada em heroína recém refeita de um aborto?

Aí então valeria a indicação?

E a parte contrária seria o quê?

Reacionária...?

Ué... cadê a democracia?

Cadê a convivência entre os opostos?

GENTE, O QUE É QUE É ISSO...?!?

Política, no sentido pleno da palavra, significa a arte de conviver com quem não compartilha da mesma opinião, mas ambos procurando chegar a um termo que concilie suas diferenças, através da exposição de idéias, conceitos, princípios...

Num ambiente político de plena democracia tudo pode (e deveria) ser discutido, argumentado, exaurido em termos teóricos e práticos.

E, principalmente, filosóficos.

Em que os protestos contribuem para o enriquecimento intelectual do cidadão?

E o que significam do ponto de vista político?

Que certas pessoas só querem entrar no jogo, se o árbitro for torcedor de seu time...

E a imprensa, de maneira geral, como se comporta?

Ohhh...

E ainda por cima, vive "apregoando" que o brasileiro é mal (in)formado...

 

Fonte:
http://www.dw.de/caso-feliciano-exp%C3%B5e-poder-da-religi%C3%A3o-na-pol%C3%ADtica-nacional/a-16700932
Acesso em 27/03/2013, às 01h21.

 


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